Exposição celebra nove anos da Polícia Penal de Roraima

São viaturas, motos, ônibus, materiais bélicos e artesanatos confeccionados pelos reeducandos. – Fotos: William Roth

Os nove anos da Polícia Penal no Estado de Roraima estão sendo celebrados com uma Exposição que começou na tarde desse sábado, dia 2, e segue até este domingo, dia 3 de julho, no Pátio Roraima Shopping. São viaturas, motos, ônibus, materiais bélicos e artesanatos confeccionados pelos reeducandos.

O secretário de Justiça e Cidadania, André Fernandes, falou do evento que conta um pouco da história da Instituição e dos ganhos adquiridos nos últimos anos.

“Estamos completando nove anos de Polícia Penal no Estado de Roraima. É um evento muito importante. Trouxemos um pouquinho daquilo que foi o trabalho do Governo do Estado nesses últimos três anos e meio. As viaturas que foram adquiridas, as motos, o trabalho de ressocialização, toda a nossa parte de armamento, nosso canil, para mostrar que evoluiu, principalmente, nesse nesses últimos três anos de trabalho”, explicou, Fernandes.

Ele ressaltou o trabalho que é realizado pela Secretaria na ressocialização dos reeducandos, como o Projeto Renascer e o projeto Costurando Recomeços.

“É a função do policial penal, trabalhar a segurança dos presídios, mas principalmente, o retorno dos reeducandos ao convívio familiar. Temos o Projeto Renascer que é a parte de marcenaria e o Projeto Costurando Recomeços, um trabalho realizado pelas internas do Sistema Prisional feminino. Quem quiser conhecer um pouco dessa história, desse trabalho, estamos aqui à disposição. Temos policiais penais que sabem explicar, sabem como manusear e, principalmente, mostrar o trabalho que é feito de ressocialização, que é o grande fator que devemos propiciar. Que é a volta dos reeducandos ao sistema comum, ao pessoal, aqui do lado de fora”, disse.

A chefe de Segurança da Cadeia Pública Feminina, Adriana Mendes disse que com o trabalho realizado no Projeto Costurando Recomeços, as internas podem ter remição de penas participando desses cursos. A cada três dias trabalhados, um é reduzido na pena.

“São trabalhos de costura como bonecas, almofadas, panos de pratos, elas recebem cursos, recebem uma monitoria ensinando a elas novas técnicas. São técnicas de crochê, de costura, entre outras. É uma oportunidade de elas aprenderem uma nova profissão, de remição de pena e de reconstruir, como o nome do projeto fala. Construir, costurar um novo recomeço, porque através desse projeto elas vão sair da ociosidade”, ressaltou Adriana.

O trabalho feito pelas internas é de um acabamento perfeito. Tudo feito com muito capricho e carinho. Um projeto onde muitas descobrem um talento que estava adormecido.

“A gente vê que o trabalho é muito bonito e a tendência é que a cada dia mais outras internas possam também participar do projeto. Muitas se descobrem nesse projeto. As pessoas perguntam se elas já entram sabendo. A maioria vai aprendendo no decorrer do tempo. Temos internas que entraram lá e que sabiam só algumas coisas, mas que hoje já estão confeccionando suas primeiras bonecas, seus primeiros travesseiros. Todo dia elas descobrem um novo trabalho“, frisou a chefe de segurança.

Ricardo Ferreira, é reeducando e auxiliar administrativo do Projeto Renascer, vinculado à Sejuc e desenvolve um trabalho de marcenaria.

“Somos 47 reeducandos que fazemos todo esse tipo de trabalho. Lá dentro é como se fosse um shopping, tem tudo num único lugar. Funciona na antiga Garagem do Governo. Lá a gente tem marcenaria, serralheria, todo tipo de trabalho com veículo, lanternagem, lavagem de veículo e, o trabalho com a madeira é uma forma de reutilizar para vender, 90% do nosso material é feito sob encomenda”, explicou Ricardo.

Guilherme Santos Macedo estava visitando a Exposição e disse que gostou bastante do que viu.

“A gente percebe sempre que a Polícia Militar está nas ruas fazendo a proteção dos cidadãos, mas também tem a parte interna. Que após a apreensão, é o cuidado do policial penal. E é um trabalho muito interessante, diferente e que muitas vezes a gente nem acaba vendo na mídia, mas é muito bonito. Gostei de ver os diversos equipamentos que são utilizados e o jeito como trabalham, todo o cuidado, toda a técnica. O trabalho de ressocialização para voltarem à sociedade com experiências em diversos campos” gostei muito”, parabenizou o estudante para concurso.

Vânia Coelho

 

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