O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio, e o deputado Marcos Jorge, ambos do Partido Republicanos, receberam nesta terça-feira, 30, fazedores de cultura de segmentos diversos que reivindicam junto ao parlamento a publicação dos editais para que os artistas possam ter seus projetos contemplados com parcela da verba federal destinada a Roraima, por meio da Lei Paulo Gustavo, de incentivo à produção cultural.
Conforme Thiago Briglia, membro do Comitê Pró-Cultura, por duas vezes o governo estadual fez as disputas públicas obrigatórias, mas ainda não deu nenhum retorno sobre as demandas da sociedade civil nem lançou os editais para a concorrência.
“Nessa reunião com o presidente Sampaio e o deputado Marcos Jorge, ficou encaminhado o chamamento dos representantes da Casa Civil e Secretaria de Cultura [Secult], para que a gente possa se sentar à mesa e entender o que está acontecendo, por que essa demora no lançamento dos editais e a falta de compartilhamento das minutas com a sociedade civil, para nós podermos executar nossos projetos e fazer com que os produtos culturais cheguem aos principais beneficiados. Além de injetar recursos na economia criativa, a gente também tem a oportunidade de levar nossa arte para dentro e fora do Estado. É isso o que queremos”, destacou Briglia.
A professora Lucélia Bento participou da reunião. Ela relata que há muito tempo os atuantes da cultura esperam um avanço na área, que pode ser propiciado com a aprovação da referida norma. Agora, ela espera a execução da lei para pôr em prática um projeto voltado para a educação infantil, que envolve aprendizado e música.
“Meu foco sempre foi educação escolar. A única coisa que tem me salvado e a outros artistas é a lei de incentivo à cultura e a Aldir Blanc. Estamos aqui com um único objetivo: que façam acontecer, porque nós vamos fazer nem que seja com nossos próprios punhos e forças, e é o que temos feito até o dia de hoje”, declarou.
Soldado Sampaio afirmou que, através da Comissão de Cultura e Juventude, presidida pelo deputado Lucas Souza (PL), intermediará um encontro entre a classe local reivindicante e o Poder Executivo para obter respostas.
“Vamos pedir que, mais uma vez, abram as portas do palácio [Senador Hélio Campos, sede do governo estadual] e da Secult para receber esses trabalhadores, para que a gente possa construir a quatro mãos esses editais e eles sejam lançados o quanto antes. O governo tem se apegado a prazos, mas já estão expirando. A data final vai chegar e os editais não foram lançados, muito menos as premiações. Não tem por que esperar. Precisamos entender o que está acontecendo”, frisou Sampaio.