Um dia histórico para Roraima. Na manhã desta quarta-feira, 19, foi assinado o acordo para início das obras da linha de transmissão do Linhão de Tucuruí, no trecho que interliga Manaus-AM a Boa Vista-RR. A solenidade, realizada no km 521 da BR-174, região do Monte Cristo, contou com a presença do governador Antonio Denarium, do ministro de Minas e Energia, Adolpho Sachsida, do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, do senador Mecias de Jesus, do deputado federal Jhonatan de Jesus, entre outras autoridades.
O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) teve papel fundamental na concretização desse sonho, quando garantiu através de uma emenda parlamentar durante o processo de privatização da Eletrobras, que o Governo Federal fosse responsável pela continuação dos trâmites da obra, que vai garantir a segurança energética para Roraima.
“Desde 2019, tenho acompanhado e trabalhado junto ao Governo Federal para retirar todos os entraves que atravessam essa obra. Vencemos uma série de etapas complexas, desde a liberação da licença ambiental, a compensação e negociação junto aos Waimiri-Atroari. Hoje, podemos comemorar esse fato histórico muito aguardado por todos nós”, comemorou Mecias.
O governador Antonio Denarium pontuou que após décadas de espera, Roraima, finalmente, terá a segurança energética que dará a tranquilidade de um fornecimento de energia de qualidade, o que garantirá desenvolvimento, geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida da população.
“Hoje iniciamos a concretização do acordo do Governo Federal para a construção o Linhão de Tucuruí, que vai interligar Roraima no Sistema Interligado Nacional. Em setembro de 2026 estaremos ligando o disjuntor interligando Roraima no sistema nacional.”
O ministro Adolpho Sachsida destacou o empenho do presidente Jair Bolsonaro na agilidade do processo de liberação de todos os entraves para o início da obra e que ele sempre teve um olhar especial para o estado de Roraima.
“Esse Linhão, é mais do que uma obra econômica, é mais do que uma obra social. Ela é uma obra moral, interligando e garantindo cada vez mais Roraima e o Brasil.”
O deputado federal Jhonatan de Jesus disse que ele, bem como a maioria da bancada federal, sempre estiveram empenhados em buscar soluções para resolver os entraves legais que impediam o início das obras.
“Hoje, acima de tudo, é uma vitória do povo de Roraima. Foi uma árdua batalha para que pudéssemos vencer todos os empecilhos e estar aqui, hoje, celebrando o início dessa obra tão importante para nosso Estado, que além de garantir mais conforto e segurança para nosso povo, também trará mais desenvolvimento, já que atrairá mais empresas e investidores de outros estados para Roraima”, afirmou.
Sobre a obra
A linha de transmissão com cerca de 715 km de extensão entre Manaus-AM e Boa Vista-RR deverá ser construída no prazo de três anos. Deste total, 425 km passarão pelo estado de Roraima e 290 km no Amazonas, margeando a BR-174, rodovia federal que liga as duas capitais brasileiras. Na parte do Amazonas, cerca de 122 km da linha de transmissão está dentro da terra indígena Waimiri-Atroari.
Roraima é o único estado brasileiro não integrado ao SIN (Sistema Interligado Nacional), um conjunto de instalações e de equipamentos que possibilitem o suprimento de energia elétrica nas regiões do país interligadas eletricamente.
Desde 2001, Roraima era abastecido primordialmente por energia elétrica produzida na Venezuela, chegando aqui através do Linhão de Guri, e, secundariamente, por termelétricas locais. Em março de 2019 houve o corte da transmissão de energia do país vizinho e Roraima passou a obter energia elétrica somente de suas termelétricas, com um consumo diário variável de quase um milhão de litros de combustível.
Com a obra, haverá a redução de custo da energia para os consumidores, a ampliação da segurança do atendimento à capital Boa Vista e a redução do uso de combustíveis fósseis. Além disso, o empreendimento constitui a maior ação ambiental do Ministério de Minas e Energia, com a redução de geração de energia elétrica de fontes de combustíveis fósseis.
Gilvan Costa