Mães relatam evolução dos filhos atendidos no Centro de Autismo da Rede Municipal

O atendimento na unidade ocorre, exclusivamente, mediante encaminhamento da escola onde o aluno estuda. – Fotos: Diane Sampaio

O Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (TEA) da Rede Municipal de Ensino tem transformados vidas. Afinal, acompanhamento profissional para quem possui TEA é essencial no processo de desenvolvimento de funções motoras e cognitivas que, mesmo ocorrendo de forma gradativa, é motivo de celebração. E quem mais torce, sem dúvida, são os pais, mães e responsáveis que encontram na unidade o acolhimento necessário.

É o exemplo da Paula Cavalheira, mãe de Augusto, de 7 anos, atendido no centro há poucos meses. Ela contou que o diagnóstico do filho foi confirmado aos 3 anos e meio de idade, graças a uma profissional que atuava na Casa Mãe Vovó Severina, onde ele ingressou aos dois anos.

“A psicóloga de lá observou alguns sinais e me orientou que procurasse um pediatra para entendermos o que estava acontecendo com o augusto. Segui a orientação e, após isso, veio o diagnóstico. Desde então, ele vem fazendo terapia”, explicou.

Acolhimento

Augusto é aluno da Escola Municipal Nova Canaã, onde é atendido na Sala de Recursos Multifuncionais. Somado a isso, ele é acompanhado no Centro de Autismo por profissionais de fonoaudiologia, fisioterapia e psicologia. Paula destacou que o acolhimento recebido na unidade tem feito toda diferença, tanto na vida do filho, como na dela.

“No Centro eles trabalham muito a integração e socialização das crianças. Eles têm esse cuidado em inserir o Augusto nas atividades, tirando ele da zona de conforto. Tudo feito com muito carinho, dedicação e, acima de tudo, respeitando os limites dele. Já passamos por muitos profissionais, sendo 80% da rede pública e digo por experiência própria que o Centro é diferenciado e possui excelentes profissionais”, disse.

Evolução

Quem também está satisfeita com a assistência que o filho tem recebido no Centro é Nara Silva, mãe do Enzo Pietro, de 5 anos. Aluno da Escola Municipal Arco-Íris, ele é atendido no local há pouco mais de um ano. Nara contou que em poucos meses sendo atendido, ela já notou a evolução do filho.

“Ele era mais acanhado. Ficava muito no mundinho dele e hoje já consegue se comunicar, expressar o que está sentindo. Se está sentindo dor, por exemplo. Agora eu sinto que está mais leve, brincando e interagindo com outras crianças”, contou.

Educação especial

Atualmente, 1.010 alunos com autismo são atendimentos na Rede Municipal de Ensino, sendo 1.601 alunos considerados público-alvo, entre crianças com deficiência física, intelectual, auditiva ou visual e alunos com altas habilidades.

Para isso, Boa Vista conta com 138 professores especialistas em educação especial, que além dos atendimentos ofertados, desenvolvem diversos projetos em parceria com a comunidade escolar.

Atendimentos especilaizados

O Centro reforça o trabalho já desenvolvido na Educação Especial do município, por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Esses atendimentos acontecem nas Salas de Recursos Multifuncionais, disponíveis em 67 escolas da rede, assim como no Centro de Autismo e no Centro Municipal Integrado de Educação Especial (CMIEE).

É importante destacar que as unidades funcionam mediante encaminhamento da própria escola, que faz um requerimento contendo um relatório sobre a necessidade daquele aluno receber atendimento especializado. Após esse procedimento, os profissionais entram em contato com a família para efetivação da matrícula.

Marcus Miranda

 

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