Médicos participam de curso sobre determinação de morte encefálica em pacientes neurocríticos

Além de palestras com aulas teóricas, os médicos participarão de atividades práticas. – Foto: Ascom/Sesau

Médicos que atuam nas unidades da rede pública de saúde estão participando de um curso voltado para os trâmites sobre a determinação de morte encefálica. A atividade segue até às 18h, desta segunda-feira, 4, na ETSUS (Escola Técnica do SUS), que fica no bairro São Vicente.

A capacitação está sendo ministrada pela diretora do HGR (Hospital Geral de Roraima), Dra. Patrícia Renovato, e pelo médico e membro da ONT (Organización Nacional de Transplantes), Dr. Douglas Teixeira.

“O diagnóstico de morte encefálica, hoje, é um procedimento de notificação compulsória, então temos que fazer a busca ativa desses pacientes e fazer o diagnóstico. Para isso, é necessário fazer a capacitação e qualificação do profissional. Ele é feito por alguns especialistas como neurocirurgiões e intensivistas”, explicou a Dra. Patrícia Renovato.

Além de palestras com aulas teóricas, os médicos participarão de atividades práticas para identificarem os sinais clínicos de morte encefálica.

“O diagnóstico de morte encefálica é importante porque nós [médicos], nesses casos, precisamos interromper o suporte de vida do paciente. Então, às vezes a gente está dando suportes ao paciente, com ventilador mecânico, medicações e outras condutas clínicas, dentro de um CTI [Centro de Terapia Intensiva], e esses procedimentos são fúteis, pois o paciente não está se beneficiando desse cuidado. Então, a gente precisa fazer esse diagnóstico para identificar esse tipo de paciente, que já está morto no leito e não está se beneficiando em nada com as condutas que são fornecidas”, completou a diretora do HGR.

Médico residente em pediatria, Eugênio Patrício trabalha na parte da medicina paliativa. Ele ressalta a importância de saber identificar a morte encefálica e aplicar o ensinamento na prática, da maneira correta e ética.

“Entendo a importância de aprender a elaborar e reproduzir o protocolo de morte encefálica, tendo em vista tanto a capacitação de órgãos, saber o fim de vida, estabelecer a morte como um período final desta vida, de maneira a não postergar recursos não necessários para esse paciente”, salientou.

Suyanne Sá

 

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