Nicoletti critica condições de aeronaves e alto preço das passagens para a região Norte

A cobrança foi feita à Anac e às companhias aéreas durante audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. – Foto: Ascom Parlamentar

Durante audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, Nicoletti, que já é membro da pasta desde o primeiro ano de seu mandato, apontou dados importantes a respeito do aumento substancial das passagens aéreas na região norte nos últimos anos.

Segundo dados apresentados por Nicoletti, houve um aumento significativo dos valores praticados pelas empresas aéreas desde o início do seu primeiro mandato, em 2019, quando o trecho de Boa Vista à Brasília custava cerca de R$ 700 reais. Já em 2022, com os frequentes aumentos, a passagem aérea estava custando R$ 1.800,00 reais e, atualmente, o valor praticado pelas empresas aéreas é de absurdos R$ 2.500,00, o que representa mais de 122% de aumento no período, percentual muito superior à inflação acumulada!

“Como representante do povo, não pude deixar de manifestar a nossa indignação frente a tanto descaso com a nossa região onde, além dos altos preços, sofremos com os horários reduzidos dos voos. Isso é um absurdo! Não adianta querer colocar a culpa no seguro de viagem, no processo de alocação de “slots” dos demais aeroportos, não adianta querer fazer domínio de mercado com poucas empresas, a gente precisa combater isso com urgência!”, afirmou o parlamentar.

O parlamentar pontuou que os passageiros viajam por mais de 3 horas para Brasília em voos lotados, em horários inoportunos, em aeronaves sem estruturas condizentes, sem internet, com poltronas muitas vezes com cintos desgastados.

“Precisamos de novas aeronaves e fiscalização mais rigorosa da ANAC. Cobrar as companhias aéreas e o Governo Federal para termos mecanismos que facilitem a redução dos preços das passagens aéreas e uma melhoria na prestação dos serviços”, cobrou Nicoletti.

Ele lembrou que em 2016, Roraima reduziu-se para 3% a alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação, sendo um dos menores do país e, mesmo assim, não se viu redução no preço da passagem aérea.

“Só temos voos durante a madrugada ou meio-dia, sempre com uma hora de diferença entre as companhias aéreas. E esse problema de horários ruins e altos preços das passagens se repetem em todos os estados da Região Amazônica. Sabemos que há esse monopólio aqui, e devemos trabalhar em busca de soluções. O Congresso Nacional precisa se impor, cobrar e propor alternativas, como redução de tributação e maior abertura do mercado, para ampliar a concorrência e, com isso, termos mais opções e com melhores valores para o usuário lá na ponta”, completou Nicoletti.

 

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