Segurança Pública: estudo avaliará saúde e qualidade de vida dos profissionais

Estudo se desdobrará em três eixos fundamentais: clima organizacional, condições de saúde física e mental, e condições sociodemográficas. – Fotos: Secom-RR

Um projeto importante, coordenado pela Sesp (Secretaria de Segurança Pública), lançou as operações este mês, com o intuito de realizar um amplo diagnóstico das condições de saúde e qualidade de vida dos profissionais que atuam na área de segurança pública. A iniciativa envolve a colaboração da PCRR (Polícia Civil), PMRR (Polícia Militar) e CBMRR (Corpo de Bombeiro Militar), e assinala um marco importante na busca por melhorias na segurança pública do Estado. O projeto será financiado pelo Fundo Estadual de Segurança Pública.

A empresa Aquila, especializada em gestão, venceu a licitação e vai conduzir o estudo, que se desdobrará em três eixos fundamentais: clima organizacional, condições de saúde física e mental, e condições sociodemográficas.

Este enfoque multifacetado, segundo o secretário de Segurança Pública, André Fernandes, permitirá uma análise completa das necessidades e desafios enfrentados pelos profissionais que arriscam suas vidas diariamente para proteger a população.

Na semana passada, representantes da Aquila se reuniram com os gestores das Corporações e com os gerentes fiscais do projeto, marcando o início oficial das operações.

Fernandes ressaltou que o estudo é um passo significativo em direção a um ambiente de trabalho mais saudável e seguro para aqueles que dedicam suas carreiras à segurança pública.

“Esse projeto é de extrema importância para entender como que o clima organizacional vem impactando na qualidade de vida e saúde do servidor de segurança pública, identificando as áreas de tensão, preocupações. Na continuidade dessa ação, a meta é implementar programas e ações que gerem motivação e engajamento, visando a melhoria da saúde física e mental deste servidor”, destacou.

Na Polícia Civil, o encontro com a equipe foi intermediado pela delegada-Geral Adjunta, Darlinda de Moura Viana e a diretora do DPE (Departamento de Polícia Especializada), Elivania Aguiar, que será a gerente do projeto.

Para Darlinda Viana, a investigação das condições de saúde física e mental dos profissionais será uma parte crucial do estudo.

“O objetivo é identificar fatores de riscos para problemas de saúde e oferecer recursos para melhorar a qualidade de vida desses servidores públicos. Isso inclui a avaliação dos níveis de estresse, exposição a situações traumáticas e acesso a serviços de saúde. Esse projeto representa o cuidado do Governo de Roraima, com o servidor que atua na Segurança Pública, uma área em que enfrenta diariamente uma série de desafios físicos e emocionais que podem afetar profundamente suas vidas”, ressaltou.

A subcomandante-Geral da Polícia Militar, coronel Valdeane Alves, pontuou que ao longo desse diagnóstico, serão coletados dados sobre as condições sociodemográficas dos profissionais, como idade, gênero, estado civil e tempo de serviço, dentre outros, para entender melhor as características da força de trabalho na segurança pública e adaptar as medidas de apoio de acordo com as necessidades específicas de cada grupo.

“Esse estudo não apenas beneficiará os profissionais da segurança pública, mas também contribuirá para uma maior eficiência e eficácia das operações dessas instituições. Compreender as condições e necessidades dos agentes de segurança é fundamental para garantir que eles possam continuar a proteger o Estado com a máxima dedicação e segurança”, destacou.

O comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Anderson Carvalho de Matos, ressaltou que o projeto de diagnóstico das condições de saúde e qualidade de vida dos profissionais de segurança pública é primordial para as tomadas de decisões nas Corporações.

“É importante que a sociedade reconheça o fardo que os profissionais de segurança pública carregam e que sejam adotadas medidas para apoiá-los de maneira eficaz. São homens e mulheres que arriscam suas vidas diariamente para proteger o cidadão e garantir que eles tenham acesso a recursos de saúde mental e apoio adequado é uma responsabilidade dos gestores e não pode ser ignorada”, destacou.

André Fernandes afirmou que o estudo já está em andamento, com um calendário de trabalho claramente estabelecido e envolve coleta de dados e documentos, acompanhamento e monitoramento, análises quantitativa e qualitativa e o relatório final.

“Será um processo de avaliação dividido em várias etapas essenciais, cada uma projetada para oferecer uma visão abrangente das condições enfrentadas pelos profissionais de segurança pública e identificar áreas de melhoria crítica. O objetivo final deste projeto é fornecer um direcionamento sólido para a implementação de melhorias eficazes nas forças de segurança pública”, disse.

Darlinda Viana observou que as conclusões e recomendações derivadas do relatório ajudarão a informar políticas e práticas que visam não apenas proteger e apoiar os profissionais dedicados a manter a ordem pública, mas também aprimorar a eficácia de suas operações para o benefício de toda a sociedade.

“O compromisso com essa avaliação abrangente reflete o desejo de garantir que aqueles que trabalham na linha de frente da segurança pública sejam apoiados da melhor maneira possível”, complementou.

Sandra Lima

 

 

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