SOS Rio Grande do Sul: policiais civis de Roraima mobilizados na Força Nacional participam de apoio humanitário

Os agentes foram deslocados para cidades bastante afetadas pelas enchentes, como Canoas, São Leopoldo e Gravataí. – Fotos: Ascom/PCRR

Quatro policiais Civis de Roraima foram mobilizados pela Força Nacional para compor a força-tarefa de ajuda humanitária no Rio Grande do Sul após as enchentes que afetaram o Estado.

Os agentes foram deslocados para cidades bastante afetadas pelas enchentes, como Canoas, São Leopoldo e Gravataí.

Participam dos trabalhos os agentes de polícia Moreles Barbosa Rocha, Dennison de Jesus Pereira, Ednardson Melo Sales e Judson da Silva Costa.

Na manhã do último sábado, 11, o agente Moreles Barbosa foi designado para integrar, como apoio logístico, a coordenação da missão humanitária da Força Nacional que abrange as cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Gravataí.

O foco do trabalho dos policiais, segundo explicou Moreles Barbosa, é o combate aos crimes, além do resgate de pessoas e animais.

“Cheguei na quinta-feira [9] na cidade de Canoas e já iniciamos as atividades. No sábado [11] já socorremos homens, mulheres, cachorros e gatos. Estamos dispostos a dar nosso melhor para contribuir com estas pessoas que têm passado por momentos tão difíceis”, disse.

Moreles Barbosa destacou que é a primeira vez que participa de uma missão como essa e observou que a primeira impressão que se tem é a de estar dentro de uma cena de filme.

“Nunca imaginei vivenciar uma coisa dessas. Mas pude ver pessoas se preocupando com pessoas. Pude vivenciar um dos momentos mais difíceis da história do Rio Grande do Sul. Uma tragédia desse tamanho não era vista desde 1941. A parte boa é ver todas as forças trabalhando juntos. Policiais militares, civis, bombeiros, todos unidos para salvar vidas. Temos presenciado muita cooperação, muita humanidade, muita gente sendo voluntária de verdade. Me orgulho de estar representando meu Estado pela Polícia Civil. Hoje pude mostrar que Roraima se importa com o povo riograndense. Salvamos cinco pessoas, cinco cães e um gatinho. Todas as vidas são importantes, humanos e bichos precisam e devem ser salvos”, reforçou.

Para Ednardson Sales, a experiência, apesar da tristeza em ver tanta destruição, é muito gratificante.

“Participar dessa operação humanitária aqui no Rio Grande do Sul é muito gratificante. Estou no bairro Mathias Velho, um dos mais afetados pelas enchentes em Canoas. A gente vê uma situação realmente bastante grave. Muitas famílias perderam residências, móveis, familiares e animais domésticos. Vemos muita tristeza, mas, também a alegria nos olhos dos voluntários, que são milhares aqui. Gente que veio de outros Estados, de outros municípios. Voluntários que trazem embarcações, jet ski, caiaque, café, almoço e a janta. Percebemos que a bondade ainda existe, que há seres humanos bondosos, pessoas boas e que estão contribuindo para amenizar a situação dos que estão sofrendo”, declarou.

Trabalho policial a crise

Combater a criminalidade, especialmente nos abrigos e coibir os constantes saques são missões que os policiais de Roraima assumiram.

“Nossa missão aqui é combater a criminalidade e, claro, salvar vidas”, disse Ednardson Sales.

Designado para a cidade de São Leopoldo, o agente de polícia Dennison Pereira relatou que ao longo do sábado, o trabalho foi de socorro e salvamentos de pessoas, resgate de animais e entrega de água e alimentação (cestas básicas) para famílias que não quiseram sair de suas casas por medo de serem roubadas ou furtadas.

“Estamos vivenciando uma catástrofe sem precedentes no País. Ao todo 435 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos pela enchente, com cidades inteiras debaixo d’água. Uma situação que vai levar anos para o povo do Rio Grande do Sul se recuperar ou superar. Aqui estamos desenvolvendo várias funções, desde o patrulhamento nas ruas dos bairros que não estão alagados, com equipes durante o dia e a noite e, a segurança dos abrigos. Hoje nossa equipe resgatou dez pessoas e quatro animais e nos sentimos gratificados em poder participar dessa força-tarefa humanitária”, disse.

Sandra Lima

 

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