Tensão da fronteira: senador Dr. Hiran Gonçalves solicita reforço militar na fronteira entre Brasil e Venezuela

Pedido ocorre após população temer conflito entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, área abundante em petróleo situada na fronteira entre os dois países vizinhos com o estado de Roraima. – Foto: Ascom Parlamentar

Em conversa com o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, nesta terça-feira, 28, o senador da República Dr. Hiran Gonçalves (Progressistas-RR) recebeu a garantia de reforço militar na fronteira do Brasil com a Venezuela, principalmente no município de Pacaraima, local estratégico de acesso ao Essequibo, área situada na Guiana.

O reforço militar será a garantia da segurança dos brasileiros devido a aproximação do referendo convocado pelo Governo venezuelano previsto para o próximo dia 3 de dezembro, quando a população será consultada sobre a anexação do território pertencente à Guiana, conforme destacado pelo senador Dr. Hiran Gonçalves.

“Estarei em Pacaraima para avaliar o impacto dessa notícia, um referendo que vai haver no próximo domingo, dia 3. Já tivemos uma reunião com o ministro da Defesa, ele determinou o contingente do Exército na fronteira para preservar a nossa cidadania”, esclareceu Hiran Gonçalves sobre a necessidade de atenção em Pacaraima, após relatos de moradores confirmarem a presença de militares estrangeiros em terras brasileira.

A disputa pelo Essequibo ocorre há mais de 100 anos. Contudo, pelos anúncios de descobertas de poços de petróleo na região, a Venezuela, nos últimos anos, passou a adentrar de domínio da Guiana e a reivindicar direitos sobre as terras e as riquezas nelas encontradas. Estima-se que a área em disputa tenha 159,5 mil quilômetros quadrados, extensão equivalente a 70% do território da Guiana, também conhecida por abrigar elevadas reservas de petróleo, estimadas em 11 bilhões de barris.

“Importante salientar que o Governo ditador da Venezuela é responsável por um dos maiores êxodos urbanos da modernidade e que causou prejuízos às famílias venezuelanas e brasileiras, aos sistemas públicos de Roraima principalmente, por ser a porta para essas pessoas que fogem da ditadura e da miséria”, complementou o senador Dr. Hiran Gonçalves, que teme a mesma ocorrência com os guianenses.

 

 

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