UFRR aprova dois cursos voltados para educação indígena e inclusiva no programa Parfor Equidade

Programa Parfor Equidade recebeu em sua primeira edição mais de 200 propostas de diversos locais do Brasil. – – Foto: Ascom/UFRR

Dois projetos pedagógicos realizados por professoras da Universidade Federal de Roraima foram aprovados no Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica, chamado de Parfor Equidade. O programa lançado pelo Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou o resultado final no dia 15 de março.

Conforme a Capes, o objetivo do Parfor Equidade é formar professores e pedagogos para o atendimento das redes públicas ou comunitárias que ofereçam educação escolar indígena, quilombola e do campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos.

Além da formação de professores em exercício, concessão de bolsas para participantes do curso que forem indígenas, quilombolas, do campo, surdos ou com deficiência, o Parfor Equidade busca investir na implementação de projetos pedagógicos que beneficiem as populações, escolas e os professores dessas comunidades, além das instituições de ensino superior que desejem criar e aprimorar cursos nas áreas específicas de atuação do programa.

Desta forma, a UFRR conseguiu aprovar dois cursos voltados para a área indígena que são a Licenciatura em Pedagogia Intercultural Indígena que terá 100 vagas e três turmas e a Licenciatura em Educação Especial Inclusiva Intercultural com 30 vagas atendendo uma turma. O grupo de professoras envolvidas na aprovação dos projetos é formado por Simone Rodrigues Batista, Catarina Janira Padilha, Zoraide dos Anjos e Veronica Costa Prudente que estiveram em todas as etapas de aprovação dos projetos.

A coordenadora pedagógica, professora Veronica Prudente, destaca que os cursos atenderão professores dos municípios de Pacaraima, Uiramutã e Normandia. “O objetivo é formar professores em serviço, isto é, aqueles que já estão em sala de aula, mas que não possuem essa formação na educação indígena. Ao fim, serão 130 professores com habilidades específicas para a trabalhar nas escolas indígenas”, explica.

Segundo os critérios do Parfor Equidade, os cursos aprovados como os da UFRR somente podem ser ofertados por instituições de ensino superior federais ou comunitárias que tenham Índice Geral de Curso (IGC) igual ou superior a 3 e instituições estaduais e municipais com autorização para funcionamento. Fora isso, todas essas instituições devem ter experiência na área e deverão ofertar de 30 a 200 vagas.

A Pró-reitora de Ensino e Graduação (PROEG), professora Leuda Evangelista de Oliveira, revela que as demandas para a criação dos cursos foram apresentadas pelas redes municipais dos três municípios de Roraima e também pelas organizações indígenas. “Ter dois projetos feitos por nossos professores em um edital nacional é importante e maravilhoso. Vamos contribuir com a formação atendendo especificidades dessa área. Com isso, valorizamos também uma cultura negligenciada durante muito tempo e beneficiamos professores indígenas usando conhecimentos que eles possam de fato utilizar na realidade que eles encontram nas suas comunidades”, destaca Leuda.

Conheça mais sobre o Parfor Equidade

O programa é uma ação da CAPES idealizada junto à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC). A ação faz parte do programa já existente chamado apenas de PARFOR lançado em 2009. Segundo a Capes, o programa já beneficiou mais de 100 mil professores da educação básica com formação na sua área de atuação nas escolas públicas.

O Parfor Equidade também integra o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento que foi relançado pelo Ministério da Educação durante o ano de 2023. Este tem ações destinadas à formação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

Nesta edição, o programa recebeu 236 propostas de todo o Brasil com a região Nordeste apresentando 100 propostas, seguida pela região Norte com 44 propostas, a Centro-Oeste com 26, Sul com 45 e Sudeste com 21 propostas.

 

 

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