O enfrentamento aos efeitos da seca foi o principal assunto em discussão na Reunião Interinstitucional para Definição de Parâmetros de Seca no Estado de Roraima, promovida pela Sesau (Secretaria de Saúde) na manhã desta quinta-feira, 26. As discussões ocorreram no auditório da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, situado no bairro São Francisco, em Boa Vista.
De acordo com o gerente do Vigidesastres (Núcleo de Vigilância em Desastres), Guaracy Cabral, a reunião teve como objetivo definir parâmetros de normalidade, atenção e emergência dos principais rios do Estado, com base em dados científicos e atualizados para o período de seca e estiagem.
“É uma reunião resultante de uma experiência que tivemos no Amazonas, quando a crise hídrica atingiu aquele estado e houve uma afetação da fauna aquática. Na construção do plano de contingência e dos parâmetros que tínhamos da seca de lá, nós observamos que eles só possuem os parâmetros de cheia dos rios, de atenção, alerta e emergência, e esses dados são importantes para podermos dar um início eficaz de ações”, destacou.
Além dos departamentos que compõem a CGVS, o encontro contou com a presença de representantes de órgãos do Ministério da Saúde, CBM-RR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), Defesa Civil Estadual, Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima) e UFRR (Universidade Federal de Roraima).
“É importante abordar essa problemática da estiagem, visto que as pessoas sofrem com os efeitos que ela causa. Quais são as soluções que se tem diante de uma situação como? É por esse motivo que eu considero essa questão de levar recursos hídricos para localidades afetadas de extrema relevância para as nossas ações, principalmente de ações integradas”, reforçou o diretor Executivo da Defesa Civil Estadual, coronel Cidnei Lima.
O encontro também abordou soluções para melhorar o monitoramento de eventos críticos e ações preventivas que reduzam a possibilidade de escassez de recursos hídricos em Roraima.
“A reunião foi bem proveitosa. Já realizamos os encaminhamentos de todos os órgãos que estiveram aqui, a Defesa Civil [Estadual] será provocada a fazer um grupo técnico de trabalho, até para dar continuidade às discussões, e a participação do Vigidesastres Nacional do Ministério da Saúde, como do Censipam [Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia], foi muito importante, pois vão servir de ponte para a Agência Nacional Águas possa assumir a sua posição nessa discussão”, pontuou Cabral.