Cajucultura em Roraima: potencial da produção de caju é discutido em audiência pública na ALERR

Evento reuniu técnicos e pesquisadores da Embrapa para apresentar soluções tecnológicas e impulsionar a cajucultura roraimense. – Fotos: Alfredo Maia / Marley Lima | SupCom/ALERR

O potencial da cajucultura em Roraima foi o tema central de uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Estado (ALERR) nesta quinta-feira, 27, no plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas. O evento contou com transmissão ao vivo pela TV Assembleia (canal 57.3) e pelo YouTube (@assembleiarr), reunindo técnicos, pesquisadores, produtores, parlamentares e representantes de instituições públicas e privadas.

A iniciativa, proposta pelo deputado Gabriel Picanço (Republicanos), discutiu a produção local de caju, seu beneficiamento e a agroindustrialização, além de estratégias de comercialização voltadas ao mercado nacional e internacional.

Deputado Gabriel Picanço falou sobre o potencial de Bonfim e Normandia para a cajucultura e a importância de fortalecer a produção local e industrialização.

“Roraima tem enorme potencial em municípios como Bonfim e Normandia. Queremos fortalecer a produção em escala industrial e gerar mais renda para nossos produtores”, destacou o parlamentar.

Durante a audiência, foram apresentadas experiências e conhecimentos técnicos, incluindo a participação de pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical, de Fortaleza (CE), que trouxeram soluções tecnológicas voltadas ao cultivo, beneficiamento e comercialização do caju. O objetivo foi abordar os desafios enfrentados pelos produtores, especialmente no período pós-colheita e na exportação de produtos derivados do caju.

Hyana Lima, chefe-geral da Embrapa, ressaltou o crescimento da fruticultura no estado e as cultivares melhoradas de caju, que aumentam produtividade e valor agregado.

Hyana Lima, chefe-geral da Embrapa Roraima, reforçou que o estado vem registrando crescimento na fruticultura, com cultivares melhoradas que oferecem resistência a pragas, seca e maior valor agregado tanto na polpa quanto na castanha. “Nosso foco é fortalecer a produção local, atender às exigências do mercado internacional e preparar os produtores para se tornarem exportadores”, afirmou.

O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical Ceará, Gustavo Saavedra, explicou que a instituição vem desenvolvendo tecnologias para o caju há anos. “Enquanto no Nordeste a tecnologia já evoluiu para modelos de semi-extrativismo e alto desempenho, em Roraima o cultivo ainda segue majoritariamente o modelo extrativista”, disse.

Gustavo Saavedra destacou a evolução da tecnologia do caju e o desafio de levar modelos de alta performance para Roraima.

Segundo ele, “no modelo semi-extrativista o produtor não consegue fechar suas contas, mesmo com boa tecnologia, enquanto no modelo de alto desempenho a atividade agrícola se torna altamente rentável. O desafio, agora, é levar a tecnologia para Roraima e evoluir para sistemas de alta performance, aumentando produtividade e rentabilidade”.

O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural de Roraima (Iater), a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado (Seadi) também discutiram e expuseram seus desafios e questionamentos sobre o tema, contribuindo para ampliar o entendimento sobre a realidade do setor.

Audiência pública debateu o futuro da cajucultura em Roraima, reunindo produtores, pesquisadores e parlamentares para discutir tecnologia, produção e exportação do caju.

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Para ler as propostas de lei ou os textos já aprovados pelos parlamentares, é só visitar o Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL), ferramenta da Casa que permite ter acesso aos documentos que tramitam na Assembleia, verificar quais matérias serão discutidas nas sessões e outros serviços de interesse público. Já as fotos dos eventos do parlamento podem ser conferidas no Flickr.

Bárbara Carvalho

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