Operação Plýsimo: PCRR investiga desvio milionário de recursos de suposta aquisição de combustível em Alto Alegre

Foram gastos mais de R$ 2 milhões em combustível em apenas dois meses. – Foto: Ascom/PCRR

Nas primeiras horas desta quinta-feira, 11, a PCRR (Polícia Civil de Roraima) deflagrou a Operação Plýsimo nos municípios de Boa Vista, Mucajaí, em Alto Alegre e no Estado de São Paulo. A investigação, que foi acompanhada pelo Ministério Público e Poder Judiciário, teve como ponto de partida movimentações suspeitas durante a gestão do ex-prefeito, Pedro Henrique, que apresentaram um aumento significativo no faturamento de combustível, atingindo a marca de R$ 2 milhões nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

A ação conjunta envolveu policiais de várias unidades da Polícia Civil, coordenada pela Delegacia de Alto Alegre. Segundo o delegado titular do município, Wesley Costa de Oliveira, as investigações surgiram após denúncias efetuadas que passaram a ser checadas.

“Foi feita uma denúncia aqui na delegacia de Alto Alegre, desse superfaturamento do combustível na prefeitura de Alto Alegre pelo posto contratado. Então, em razão disso, nós iniciamos a operação que, desde o início vem sendo acompanhada pelo Ministério Público e pela Justiça. A gente pode dizer que o consumo de 2 milhões reais de combustível no município de Alto Alegre nos meses de janeiro e fevereiro deste ano é muito atípico daquilo que seja normal. Então, já temos um forte indício de que possa ter havido corrupção na prefeitura de Alto Alegre, na gestão ainda do ex-prefeito. Importante destacar, é de que o alvo da investigação não é o atual prefeito de Alto Alegre, mas sim, o ex-prefeito Pedro Henrique”, ressaltou o delegado.

Em resposta a essas suspeitas, segundo o delegado, foram solicitadas medidas judiciais, deferidas pelo Poder Judiciário, que resultaram na execução de 14 mandados de busca e apreensão, abrangendo residências, dentre elas a casa do ex-prefeito, estabelecimentos comerciais e a própria Prefeitura de Alto Alegre. A Justiça decretou também a prisão preventiva de um empresário, mas ele não foi localizado e foi dado como foragido.

Durante as buscas, a Polícia Civil apreendeu em um posto de combustível e no Gabinete da Prefeitura de Alto Alegre muitos documentos, dentre os quais notas fiscais, processos, contratos, atas, extratos, etc. Em Boa Vista e Mucajaí, além de documentos foram apreendidos notebooks, telefones celulares, uma carrocinha de veículo e uma carreta.

“O próximo passo agora é aprofundar as investigações com aquilo que foi arrecadado e vamos promover os desdobramentos necessários. O foco principal da operação foi a apreensão de documentos que corroboram com as suspeitas de transações fraudulentas, dando continuidade às investigações para identificar e punir os responsáveis pelos desvios de recursos públicos”, disse o delegado.

Operação Plýsimo: o nome da operação tem origem no grego e significa lavagem.

 

 

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