Fim de ano: consumidores devem redobrar atenção ao pagar as compras

Seja com pix, TED ou cartões, as pessoas devem tomar mais cuidado para não efetuar pagamentos errados e perder dinheiro nas compras de Natal. – Fotos: Ascom/Sicredi

Fim do ano chegou e com ele a necessidade de dobrar a atenção ao realizar transações financeiras. Muita gente está com mais dinheiro por ter recebido o 13° salário, e mais propensa a gastar com os presentes de Natal e festas de fim de ano, situação propícia para a ação de criminosos. É justamente nesse momento, quando as pessoas estão mais atarefadas e desatentas que é preciso se concentrar na hora de efetuar pagamentos. Um número ou letra errados na chave do pix pode acabar em um pagamento errado, com poucas chances de ter o dinheiro de volta.

Então, para que as compras de fim de ano não causem transtorno, a consultora de Negócios do Sicredi, Raquel Viana, especialista em meios de pagamento, orienta que os consumidores prestem atenção nas transações, sejam elas com o tradicional pix, transferências eletrônicas ou com as raras cédulas em papel.

Segundo Raquel, com a digitalização da economia houve mudanças significativas no modo de consumir dos brasileiros. Atualmente, há diversos meios de pagamentos e transações que não precisam de contato. Para se ter uma ideia, dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apontam que mais da metade das transações presenciais realizadas em setembro deste ano foram por meio da tecnologia NFC (Near Field Communication), que permite a troca de informações entre dispositivos sem a necessidade de cabos ou fios (wireless), sendo necessária apenas uma aproximação física.

O avanço nos meios de pagamentos mexeu também com a rotina das empresas, que tiveram que agregar as novas tecnologias aos negócios para não perder vendas. No caso do popular pix, estatísticas do Banco Central apontam que a quantidade de usuários pessoas físicas aumentou 13% entre outubro de 2022 e outubro de 2023, ao passar de 130 milhões de pessoas para 146 milhões. No segmento empresarial, o número de usuários passou de 11,429 milhões para 14,462 milhões, avanço de 26,5%.

E por falar em pix, ainda conforme os dados do BC, a quantidade de transações realizadas este ano (janeiro a outubro) chegou a 32,848 bilhões, com a movimentação de R$ 13,510 bilhões. Na comparação com igual intervalo de 2022, o salto é de 76% no volume de transações e de 57% no valor transacionado. “O pix proporciona mais agilidade no recebimento dos valores. É uma transação ágil e segura, disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, regulamentada pelo Banco Central que conta com diversos mecanismos que garantem a proteção dos usuários, com destaque para os limites de valor”, afirma Raquel.

Ela acrescenta que os cartões de crédito e débito, e as carteiras digitais também são rápidas e convenientes, além de totalmente seguras. “Neste caso, a experiência de compra é simplificada, não exige que a pessoa abra o aplicativo da instituição financeira, além de vantagens como programas de pontos e cashback. Quando falamos de segurança, temos a criptografia no chip nas carteiras digitais e possibilidade de gerar cartão virtual nas compras online”, acrescenta Raquel ao lembrar que este é o único instrumento de pagamento que dá ao consumidor a garantia do chargeback (contestar o valor cobrado), em casos de fraudes e não entrega de produtos e serviços.

Cuidados importantes

Tanto pessoas físicas quanto empresas devem prestar atenção no momento que efetuam um pagamento ou transferência eletrônica. Concentrar-se durante esse processo é fundamental para não correr o risco de errar um número ou uma letra na chave pix, ou no número da conta corrente do destinatário do recurso.

Raquel sugere que nas transferências, seja por pix ou TED, as pessoas verifiquem o destinatário do pagamento e não realizem transações fora dos canais oficiais da instituição financeira. “Não clicar em links ou baixar arquivos recebidos por e-mail. Evitar realizar transações via redes de wi-fi públicas e jamais compartilhar senhas em redes sociais, principalmente whatsapp”, diz ela ao alertar sobre qualquer tipo de taxa que apareça ao fim da transação, pois o pix deve ser oferecido gratuitamente para pessoas físicas, com limite de 30 transações por mês, por todas as instituições financeiras. Já no caso do Pix PJ é permitido cobrar, no entanto, no Sicredi não há cobrança de taxas para os associados desse segmento, tanto para receber quanto para pagar.

Quando o assunto é compras com cartão de forma presencial, a especialista do Sicredi afirma que é importante conferir o valor inserido na máquina de cartões do estabelecimento, se condiz com a compra efetuada; ter cuidado ao digitar a senha e jamais compartilhar ou deixar anotada essa informação na carteira.

Já nas compras online, o consumidor deve verificar a reputação do site e utilizar o cartão virtual. Também é importante observar o endereço da loja virtual, se começa com ‘https’ (o “S” ao final indica que ele é seguro), ou se aparece um cadeado pequeno logo ao lado desse endereço eletrônico. “Isso ajuda a reduzir as chances de sofrer com fraudes”, considera Raquel.

Para as raras cédulas de dinheiro, a consultora lembra que o tato (sobre o alto-relevo no papel), a marca d’água e o fio de segurança são os mais conhecidos e podem ajudar a população a evitar o recebimento de cédulas falsas.

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos 7 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 2.500 agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando uma gama completa de soluções financeiras e não financeiras.

 

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